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Você conhece a Modulação Intestinal?

A Modulação Intestinal promove o equilíbrio da população bacteriana intestinal para tratar intolerâncias alimentares, desconfortos digestivos (como queimação, refluxo, gases e distensão abdominal, disbiose), entre outros problemas.  

O equilíbrio de proporção entre as cepas e a diversidade microbiana leva a uma microbiota saudável, que ajuda a: estimular o sistema imunológico, regular a absorção de nutrientes, produzir os componentes necessários para a renovação celular e na produção de vitaminas e hormônios intestinais, entre outros benefícios.

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Existem centenas de trilhões de micróbios no corpo humano, a maioria no intestino grosso. Se há um bom equilíbrio destes microorganismos no corpo a saúde é mantida. Ao contrário, em situação de desequilíbrio há aumento da inflamação e risco aumentado de doenças crônicas e problemas comportamentais.

Artigo publicado no início de 2019 na importante revista Nature Microbiology reforça a ideia da influência da composição da microbiota na saúde mental. No estudo, a composição da microbiota de mais de 1.000 voluntários foi identificada paralelamente à avaliação da saúde mental e da qualidade de vida.

Estudos mostram que aproximadamente metade das crianças com transtornos do espectro do autismo (TEA) apresentam comorbidades gastrointestinais (GI), incluindo constipação crônica, diarreia ou síndrome do intestino irritável. A gravidade desses sintomas foi correlacionada com o grau de disbiose intestinal. Assim, o tratamento da disbiose intestinal deve fazer parte do conjunto de intervenções no autismo já que a melhoria intestinal reduz inflamação (IL-13 e TNF-α) e neuroinflamação (Sanctuary et al., 2019).

 A inflamação na mucosa intestinal provocada pela disbiose, gera aumento na permeabilidade da barreira intestinal em pessoas com TEA. Essa permeabilidade gera uma elevada absorção das moléculas neurotóxicas produzidas pela microbiota, causando uma alteração neurológica, que está relacionada à maior gravidade dos sintomas no autismo.

Uma boa alimentação irá ajudar no tratamento da destoxificação intestinal e consequentemente na disbiose. Além disso, o intestino pode ser considerado uma glândula endócrina, pois ali ocorre a produção de diversos entero-hormônios, com atuação inclusive no sistema nervoso central (SNC).

Por isso, usar estratégias para modular a microbiota intestinal é uma método importante para melhorar os sintomas gastrointestinais e comportamentais em pessoas com autismo. E umas das maneiras de fazer essa modulação é o "PROGRAMA DOS 6R's" no tratamento, considerando não apenas a doença mas todas as condições em que se encontra o indivíduo. 

O Programa dos 6R's se baseia em 6 Pilares:

1-Remover: leveduras, parasitas e bactérias nocivas, além de alimentos imunologicamente reativos, como glúten (cevada, trigo, centeio), laticínios, amendoim, soja, alimentos ultra processados, açucarados, dentre outros, que podem estar causando alterações indesejadas.

2- Reparar: a mucosa (epitélio/revestimento) intestinal, com a utilização de ativos importantes para auxiliar esse reparo, além da alimentação adequada para a manutenção deste, evitando assim a permeabilidade excessiva e garantindo a adequada absorção de nutrientes.

3- Recolocar: se necessário ácidos, enzimas digestivas e fibras, para melhorar o processo digestivo, auxiliar no transito intestinal, além de exercícios de mastigação. A Reintrodução dos FODMAPs com avaliação de alterações, também pode ser importante nesta etapa.

4- Reinocular: com bactérias benéficas usando suplementos probióticos, fibras pré-bióticas, simbióticos, e uma alimentação rica em vegetais e fermentados.

5- Reequilibrar:  sua vida com mais movimento (atividade física), melhorar qualidade do sono, controlar fator estresse, níveis de cortisol, dentre outros fatores que possam estar comprometendo sua qualidade de vida.

6-Reavaliar: a modulação é contínuo, deve avaliar sempre por um período máximo de 6 meses ou no muito 12 meses. Essa reavaliação registra seus hábitos e seus sintomas, sua piora ou melhora desde a estratégia inicial até a final, e se houve alterações observar qual foi o gatilho que o levou novamente ao desequilíbrio dando continuidade ao tratamento. Caso contrário se está tudo ok, deverá ser reavaliado novamente de 6 em 6 meses, ou de ano em ano. Só depende de você!

Já fez seu cocô hoje? 

©2021 por ABANutri. Por Heditar Assessoria & Comunicação.

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